Você sabe que precisa de tudo quando quer alguém pra não precisar de mais nada. Sorte no jogo ou azar no amor? Vice-versa? Mas não seria o amor um jogo? Intrigante, sedutor, viciante e astuto, é ele: o Amor. Não se sabe se é jogo ou jogador, a única certeza é que quanto mais se joga mais vontade se tem de permanecer horas e horas, meses e meses... quanto tempo for preciso para aprender a jogar esse tal jogo.
Sucesso mundial, seja nas bilheterias ou na vida real. Abraços tão apertados que parecem se compactuar em nunca mais sair de lá. Beijos calorosos, palavras fervorosas. Precisar de alguém para não querer mais ninguém, é basicamente isso. Amor recíproco: a peça principal, xeque mate.
Acordar pensando em uma pessoa e dormir sonhando com ela. Estar satisfeito em simplesmente estar na beira da pia lavando louça enquanto conversa com quem faz aquele momento interminável. Sentar no sofá e assistir os programas de televisão de domingo sem reclamar, apenas sentindo os braços mais acolhedores envolvendo a cintura de quem passou a semana inteira esperando por isso. Usar um vocabulário totalmente único, só os dois entendem e até parece meio ridículo aos ouvidos de quem escuta e nada compreende. Horas a fio no telefone sem enjoar de ouvir o silêncio do outro quando não há nada a se falar.
Se há alguma briga, só serve para puxar mais o nó que une o casal. Fortalecer, amadurecer. Aprender com os erros e, depois da tempestade, ver que o arco-íris torna a aparecer e mostrar que, às vezes, quando menos se tem esperança é que as coisas vão melhorar. Entender que o outro também tem defeitos e além de amar as qualidades, ama-os também. Aprende a conviver com eles e entende que se não fosse por eles a pessoa amada não seria a mesma.
Coração irrequieto bate no peito, saliva que mata a sede da alma e da boca, boca que mata a vontade dos beijos. Braços que se enrolam e desenrolam e o pensamento que pede cada vez mais uma gotinha de amor. Droga viciante, jogo alucinante.
