sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Da série: Primeiro amor - 8


Episódio 8

A professora mandou fazermos grupos para realizar um trabalho, mais especificamente, quartetos. Eu, logicamente, ficaria no grupo de Sophi. Sophia chamou Maumau e, como sobrou uma vaga no grupo, pedi para que Marquinhos ficasse conosco. Pedido concedido. O grupo formado daquela maneira só abriu margens para que eu e Marcos tivéssemos oportunidades para realizar as nossas peripércias. Dito e feito. 
Ficamos para fazer o trabalho à tarde na escola. Não era segredo para ninguém o que Marquinhos sentia por Sophia, o olhar dele já revelava a cobiça que Marcos tinha pelo que era de Maumau. Como produto daquela arde tivemos tudo, menos o esperado: o maldito trabalho. Marcos e Maumau passaram a tarde inteira se alfinetando. Provocações daqui, críticas de lá. Eu tentava apaziguar a situação mas pouco adiantava. Sophia, despercebida como era, não notou o clima tenso que pairava sobre a sala de estudos da biblioteca. 
Marcos disse que ia ao banheiro, na verdade, o danado foi ao armário de Sophia deixar mais um bilhete do tal "Admirador Secreto", só para apimentar mais a situação. Ele estava demorando, Sophia já estava impaciente porque desejava logo começar a fazer o trabalho para poder ir embora. Fui atrás dele. 
Encontrei-o no armário, ainda. Estava claramente desnorteado, devia esar maquinando planos para afundar o namoro de Sophia e Maurício. Fui falar com ele, minha mente caiu em si e pedi para que ele desistisse do nosso plano maluco. Ele negou, iniciamos uma discussão que foi surpreendida por... 
... não me lembro muito bem como começou, só sei que, de novo, eu estava sentindo aqueles arranhões de leve por dentro da barriga, elevadores descendo e subindo ao mesmo tempo, minha cabeça mais confusa do que tudo.
Eu não conseguia entender aquele maldito garoto. Amava platonicamente a minha melhor amiga, maquinava planos para separá-la do namorado e me beijava sem quê nem pra quê. Comecei a desconfiar de bipolaridade, pensei até na alternativa de que ele pudesse ser possuído por... sei lá, capetinhas.
Depois daquele dia exaustivo e retardado, voltei para casa. Já estava escurecendo e eu estava demasiadamente cansada. Fiz minhas lições paa o dia seguinte e me deitei. Mesmo com toda a exaustão, não consegui prear os olhos. Minha mente revirava, regressava e ansiava mais beijos como aqueles... Logo, senti cheiro de perigo.
Continua...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O Bicho-Papão está a caminho




Ouvimos mais o nome dele do que o nosso próprio nome. Diversas opiniões sobre esse monstrinho que assola os pensamentos de quem está prestes a enfrentá-lo. Mitos, relatos, advertências... Será tudo verdade? 
Passamos um ano inteirinho nos preparando para encarar de frente esse bicho de sete cabeças. Não sabemos se seremos bem sucedidos, só esperamos que todo o esforço valha a pena. Dias que passamos em frente aos livros, horas que poderíamos estar dormindo gastas com equações, aulas e mais aulas, noites em claro, olheiras indiscretas... Tudo faz parte do preparo "atlético" de quem vai desafiar a catraca da vida. 
Catraca da vida? Sim, isso mesmo. O passaporte para o mundo dos adultos. A saída da infância rumo à realidade nua e crua. Não há dinheiro que pague o seu passaporte, o que realmente vale é o esforço, a garra e a determinação para atingir as suas metas. 
Não há como negar que às vezes chegamos a pensar que poderíamos ter estudado mais, corrido mais atrás, feito mais simulados... não há tempo para chorar pelo leite derramado, chegou a hora de estudar o dobro, até o triplo para, se for o caso, recuperar o tempo perdido. 
Pode ser que no primeiro ano não dê certo, no segundo, até no terceiro... Mas uma hora seu esforço vai ser recompensado com o seu nome na lisa dos aprovados. O monstrinho muda de nome conforme o lugar: USP, UFPA, UFMG, UEL, ENEM... Tantos nomes para designar uma única palavra: sonho. Sonho este que pode ser realizado, depende unicamente de você.
Ele está chegando, está sim. Bate um frio na barriga, às vezes, até desespero. Rola aquela pressão vinda dos pais, professores e amigos. Todos querendo apenas viver com você a alegria de comemorar a aprovação e a vitória em mais uma etapa da vida.  
Vamos abstrair o medo e ir em busca dos nossos sonhos, estão mais perto do que imaginamos! Cada dia que passa é um dia mais próximo do Vestibular. Quiçá no final do ano poderemos comemorar juntos, jogar tinta um no outro e reconhecer que o esforço valeu realmente a pena. Assusta, mas é preciso encarar o medo e vestir a armadura para enfrentá-lo. Bem-vindo à realidade.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Desabafo



Há um tempo, como toda adolescente do século XXI, conheci esse mundo imensurável chamado internet. Comecei trocando emails com a minha melhor amiga, depois conheci redes sociais e, depois de algum tempo, conheci essa plataforma chamada blog. Sempre fui de escrever, desde muito pequenina. Foi então que resolvi criar um blog. 
A minha vontade era compartilhar com o mundo esse monte de letrinhas que vagam pela minha cabeça, queria expor meus pensamentos e tocar as pessoas através das minhas poesias. Desde sempre eu gostei de instigar, argumentar e sensibilizar. Sempre, sempre.
No começo, mal tinha acessos, ninguém além dos meus amigos mais próximos conhecia o blog. Troquei de nome, me empenhei em fazer um design atrativo, passei dias e dias estudando html para poder fazer algo que realmente chamasse a atenção dos meus leitores. Surtiu efeito. 
Postava diariamente, tinha leitores fiéis e até alguns (poucos) comentários. Várias visualizações de página e muitos elogios. Já tive que lidar com plágio, mas isso é um problema que quem mexe com o cyberworld deve estar disposto a lidarVocês não imaginam o tamanho da minha alegria ao ver que as pessoas estavam gostando do que eu escrevia! 
O problema é que, depois de muitas tentativas, tudo começou a decair novamente. Claro, postei com menos frequência, mas, mesmo quando postava o retorno não era o esperado. Será que perdi a mão? Meus sentimentos não são mais condizentes com os de vocês? Gostaria de saber o que aconteceu pra perder o que antes havia conquistado.
Um pequeno desabafo de uma blogueira desencantada,
Espero que ajudem,
Debora Vieira