sábado, 22 de outubro de 2011

Ele bate à porta. Você vai atender?




Ele bate à porta, chama pelo teu nome, não adianta se recusar a abrir, ele vai arrombar, vai entrar mesmo sem ser convidado e vai ficar mesmo não sendo bem-vindo. Ele vai chegar quando você menos esperar, e se você não der atenção, tudo trabalhará contra você, ou melhor, a favor dele.

Ele chega te oferecendo as melhores coisas do mundo, atenção, carinho, dedicação, felicidade, declarações de... Opa! Declarações de que? Dele mesmo, do tão esperado (e temido) amor. Amor, seu mal-educado! Quem te chamou aqui? Ele é como uma feiticeira, vai te seduzindo, seduzindo, até você ceder e se assumir como um apaixonado.

No começo é como andar sobre nuvens, se alimentar somente de algodão doce e tomar banho em rios de chocolate. Metáforas estranhas, se você não gosta de algodão doce ou de chocolate, adapte conforme o seu gosto. O que realmente quis dizer, é que no começo tudo são flores, e acabo de esbarrar em outra metáfora.

Mas, o que é da descrição do amor sem as metáforas? Enfim, voltando ao foco, quando um relacionamento começa, não há problemas, não há feridas que não possam ser curadas e não há momentos que sejam ruims. O problema é quando começa a garoar (no sentido metafórico, de novo), se você não tomar cuidado, essa garoa vira chuva, tempestade, tsunami.

E é aí que as pessoas ficam com a cabeça atordoada e soltam coisas como: "eu te acostumei mal" ou "eu te dei muita moral" ou coisas do gênero. E sabe o que acontece? Acontece aquilo lá que todo mundo conhece muito bem: desilusão amorosa.

Quando você está com alguém, qualquer palavra dita pode construir um castelo e desmoroná-lo logo em seguida. As palavras tem uma força que normalmente as pessoas desconhecem, ou subestimam.

Amor, ele também traz maturidade, um aprendizado que poderá ser levado para outros relacionamentos, sejam eles de amor ou de amizade (não que amizade também não seja amor, enfim, vocês entenderam).

O amor é um idoso, já experiente e cheio de histórias pra contar; e também é um adolescente desengonçado, que não sabe o que fazer e nem o que falar.

Sem a pessoa amada, minutos passam vagarosamente, as palavras ficam sem sentido e os pensamentos... Ah, os pensamentos! Estão sempre nele ou nela, sempre relembrando, ou imaginando, ou programando... amando. Verdadeiros malucos, lunáticos, iludidos... felizes. Não adianta, quem ama fica feliz com coisas pequenas, mínimas.

Todos os antônimos possíveis num sentimento só. Sensações indescritíveis, momentos memoráveis, pessoas inesperadas podem ser a sua metade... Depois de tudo isso (toc, toc), ele bate à porta. Você vai atender?


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Desconfie até da Sra. Confiança




Algumas vezes nos deparamos com situações esquisitas, em que não se sabe o que é o melhor a fazer. Nos sentimos inseguros, sozinhos e sem rumo, e acabamos recorrendo a crenças, familiares ou amigos.Pra quem tem fé, confiar no ser superior é a melhor solução. Se o problema é totalmente inviável, amigo, recomendo-lhe que recorra a uma entidade espiritual, porque poderá pensar: o que será melhor para mim irá acontecer, e se o que eu quero acabar não acontecendo, é porque não era o melhor para mim.

Já para os que recorrem aos humanos, meros mortais, dou-lhes uma dica: desconfie de todos. O seu familiar pode não conseguir segurar o segredo e contar para outro familiar, aí chega no ouvido dos seus tios, em seguida primos, e assim por diante.

E vocês, que confiam nos amigos? Eu confio também, não há como negar, como disse Tom Jobim "é impossível ser feliz sozinho". Mas nós, que confiamos em quem está ao nosso redor, muito cuidado. Repito (em negrito e sublinhado): muito cuidado.

O nosso maior porto seguro pode desmoronar, a luz do farol apagar e... acabamos por vencidos nessa maré de descontentamento que é a vida.

O que tenho a dizer? Desconfie até da Senhora Confiança, ela? Ela te engana, te faz acreditar que as pessoas são de caráter bom, faz você confiar, compartilhar e... o seu companheiro acaba compartilhando com os outros o que era só de vocês. O que tenho a dizer à todos? Boa sorte.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Megalópole




E essa rotina cansativa, abundante em ironia, talvez não muita harmonia, e uma quantidade significativa de cansaço. Cansaço das pessoas, dos dias e noites, das horas e minutos que ora passam correndo, ora se rastejando. Cansaço do trânsito nas ruas, as filas nos bancos e os altos preços nas contas do final do mês. Cansaço da ironia das pessoas, das palavras pronunciadas com uma inocência hipócrita, e capazes de acertar corações como uma flecha acerta o alvo. Cansaço dos extremos, porque nem sempre pouco é precário, e muito significa qualidade, às vezes pode até ser o contrário. Cansaço de olhar os mesmos rostos, mesmo que diferentes, tornam-se todos iguais e insignificantes à medida que as pálpebras caem e a boca insiste em bocejar. Bocejar por nada acontecer, bocejar por tudo acontecer rápido demais e por vezes a capacidade que cabe ao homem ser incapaz de acompanhar. Um bocado de cansaço de tudo, esse tudo que é nada, uma canseira nem sempre noturna. Diurno e noturno, hoje, que diferença faz?

Ela está de volta

Ela está de volta com suas palavras, lamentações, alegrias, dúvidas, críticas, textos, histórias... Ela está de volta pra contar e encantar. Ela está de volta para fazer com que as pessoas dêem risada, ou transbordem em lágrimas. Está de volta aprimorada e em novo visual.

Ela sou eu, eu estou de volta. Se é talento, eu não sei. Se é habilidade, também não faço a mínima ideia, só sei que preciso continuar traduzindo o que eu sinto.

Estou de volta, espero agradar com a repaginada. E desejem-me boa sorte!