Sabe quando você para pra pensar na sua vida e vê que as coisas estão totalmente de cabeça para baixo? É como se você tivesse todas as peças para montar um quebra-cabeça, mas nenhuma das peças se encaixam, mesmo fazendo parte do mesmo jogo. E é exatamente nesse momento que você para, pensa e se pergunta: como vou conseguir encaixar as coisas, se a natureza das peças é diferente? Pois então, tire isso dos joguinhos da infância e aplique na vida de "gente grande". Como você deseja "encaixar" as pessoas, se elas são de naturezas diferentes? As pessoas foram educadas para pensar, falar e agir de maneiras diversas, sendo assim, nem sempre o que eu penso é o mesmo que você, ele e ela pensam.
Mas você já parou pra pensar se essas pessoas que divergem o pensamento com os seus são pessoas próximas? A conclusão é: as decisões que elas tomarem irão influenciar a sua vida. E você poderá impedí-las de tomar tais decisões? Sinto muito, a resposta é: nem sempre.
Há famílias mais radicais, em que os filhos não podem expressar o que pensam sobre determinado assunto. Também há famílias totalmente liberais, onde o filho fala, manda e não há quem conteste. Há também aquelas meio-termo, escuta um pouco, mas tudo tem o seu limite. E no que isso influencia? Em praticamente tudo na situação. Porque falando, se você fizer uso do poder argumentativo poderá mudar a decisão, ou parte dela.
Sabe o que pedimos? Voz, conversa e compreensão. Talvez se nos deixassem falar, poderíamos melhorar situações, unir nossa família e até mesmo desfazer mal-entendidos, só o que nos falta é oportunidade. Se falamos, somos tachados de "respondões", e quando algo fora dos planos acontece, ainda querem ter o direito de reclamar que não tínhamos exposto o nosso pensamento. Como? Praticamente tudo o que falamos é deturpado. Fazem de uma foto, uma caricatura.
Podemos argumentar tão bem quanto um adulto. Narrar de uma maneira incrível, já que somos bastante criativos. Somos capazes, temos voz e personalidade, digam "não" ao ato de generalizar os adolescentes como rebeldes e adjetivos do gênero. Somos jovens, mas também temos cérebro, sabiam?